quarta-feira, 20 de maio de 2009

A Medicina Popular de Vermont e a dor de cabeça crônica

Segundo a Medicina Popular do Vermont, as dores de cabeça crônicas são atribuídas aos olhos, ao estômago, aos rins, ao fígado e a sinusite.

Há diversos tipos de dor de cabeça crônica. Algumas são associadas as moléstias orgânicas, como as dos rins. Outras são conhecidas como psicogênicas – resultantes de tensão. Nessas, as responsáveis são as emoções: ódio, medo, ansiedade. A mais aborrecida de todas é a enxaqueca.

As enxaquecas são hereditárias e afetam pessoas de um determinado tipo físico. São pessoas de grande energia e inteligência lúcida. São também sensíveis e compreensivas. Além disso, são irrequietas, autoritárias, agressivas e ambiciosas. Já ouvi dizer que a enxaqueca é “o preço que o homem paga pelas suas ambições”.

Há uma tendência, mesmo entre os médicos, de classificar toda a dor de cabeça de origem desconhecida como enxaqueca. Os sintomas clássicos são bem determinados. A vítima tem uma “aura” ou aviso, antes de ela se declarar. Vê, diante dos olhos, manchas ou raios de luz. A dor ataca de um lado da cabeça (a palavra migraine significa “meia cabeça”) e há geralmente náuseas ou outras perturbações digestivas.

As emoções, temores e ansiedades desencadeiam o processo da enxaqueca. A medida que os anos passam, elas diminuem. É muito raro alguém sofrer de enxaqueca depois dos sessenta anos. Isso se deve, provavelmente, ao fato de que as pessoas se tornam mais calmas e ajustadas às circunstancias a medida que envelhecem.

Estudei a enxaqueca muitos anos, com a cooperação de pessoas que sofriam dela. Procurei apurar se a enxaqueca aparecia quando havia uma reação urinária ácida ou alcalina. Quando a urina estava ácida, as enxaquecas era menos freqüentes, mais brandas, ou desapareciam. As pessoas que sofrem desse mal precisam conhecer os fatores que alcalinizam a sua urina e então combate-los.

A ingestão diária de ácido deve ser aumentada, sob a forma de vinagre de maçã natural. É fácil e eficaz. Duas colheres de chá de vinagre de maçã, às refeições, poderão evitar uma crise. Se a dor já se tiver manifestado, porém, tome imediatamente uma colher de vinagre de maçã. Uma vez que este não exige uma digestão lenta e logo entra na corrente sanguínea, a enxaqueca abrandará meia hora depois. Se não abrandar, tome outra dose, e assim até que a dor cesse. Efeito sedativo, é só o que pedem os agentes deste tipo de dor.

A medicina popular do Vermont recomenda outra aplicação de vinagre de maçã contra a enxaqueca: a vaporização – partes iguais de vinagre de maçã e água; deixe ferver em fogo lento. Quando começar a desprender vapores, curve a cabeça sobre o vapor, enquanto puder suportar. Aspire 75 vezes. A dor diminuirá a partir de meia hora depois. Se voltar, será branda. Isso dispensa os analgésicos.

O tratamento acima é indicado para qualquer tipo de dor de cabeça. É bom ressaltar que nesses casos o individuo não está atentando para uma questão de fundamental importância que se relaciona com sua dieta pobre em elementos vitais. Geralmente as dores de cabeça advém pela comida, quer o excesso ou a sua má qualidade. Esses hábitos alimentares errôneos provocam a corrupção do sangue e sua excessiva alcalinização. Como consequência, além de outros males, provoca a dor de cabeça. Há a necessidade de reorientação alimentar. Cessada a causa, cessa o efeito.

Extraído do Livro: “Folk Medicine”: A Vermont Doctor’s Guide to Good Health. Dr. DC Jarvis, médico norte-americano, 1958.

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sexta-feira, 8 de maio de 2009

Musculação pode ajudar a reduzir pressão arterial


Embora alguns médicos acreditem que atividades aeróbicas sejam mais adequadas para hipertensos, pesquisas feitas nos últimos anos concluíram que a musculação pode ajudar a reduzir a pressão arterial.

Uma análise de 11 exames clínicos -que compararam 182 adultos praticantes de musculação várias vezes por semana e 138 não praticantes-, publicada no periódico "Hypertension", observou que a musculação diminuiu a pressão sanguínea sistólica em até 2% e a diastólica em cerca de 4%.

Outro relatório da American Heart Association revelou que duas ou três sessões de levantamento de peso por semana com exercícios de flexões e pressões são suficientes para diminuir a pressão arterial.

"A musculação pode trazer dois tipos de benefício", diz o ortopedista Samir Salim Daher, pesquisador em medicina esportiva do Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor PúblicoEstadual).

Segundo ele, a atividade desenvolve os músculos, que passam a necessitar de menos oxigênio para manter suas células. O resultado se reflete no coração, que precisa trabalhar menos. Além disso, o praticante da musculação -assim como adeptos de outras atividades físicas- torna-se mais ativo.

No entanto, para o cardiologista Carlos Alberto Machado, diretor do Departamento de Hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia, a prática tem resultados limitados e controversos em hipertensos. "A musculação reduz a pressão arterial, mas o problema com os exercícios anaeróbicos é que o oxigênio fornecido durante a atividade é menor do que o necessário. Por isso, precisam de supervisão", afirma.

A bibliotecária Elisabeth Franco Biondo, 52, descobriu que é hipertensa há 15 anos. Na ocasião, o cardiologista sugeriu a ela que fizesse caminhadas, mas, depois que seu ginecologista indicou a musculação para prevenir a osteoporose, Elisabeth optou pela modalidade. Mesmo tomando medicamentos de controle diariamente, pratica musculação há dez anos, três vezes por semana.

Segundo Samir Salim Daher, quando as avaliações físicas são feitas adequadamente, a musculação não traz risco para hipertensos. O teste realizado quando o aluno procura a academia identifica o limite cardiovascular máximo em que uma pessoa pode se exercitar. A partir disso, trabalha-se entre 60% a 70% dentro desse intervalo. "Portanto, existe um limite de segurança", afirma.

"Quem tem hipertensão deve fazer um programa de atividade física da mesma maneira que o resto da população. A restrição que ele sofrerá é a mesma: não passar do seu limite", completa Daher.

Para Machado, o mais importante é que o hipertenso faça exercícios regularmente.

Fonte: Folha de SP