Saúde em Revista
quarta-feira, 13 de dezembro de 2017
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domingo, 7 de fevereiro de 2016
Parte 2 - A Estratégia do Rejuvenescimento
Sustentação de Peso. Um caso de
“Mais é menos”
Primeiramente, um pouco de anatomia
simples:
Uma junta é composta de dois ossos
que se juntam para o propósito de movimento.
A extremidade de cada osso é
coberta de uma substância amortecedora, conhecida como cartilagem. A cartilagem
pode ser considerada parte do osso, porque está inerentemente ligada a ele. Mas
é feita de uma substância diferente.
O osso é sólido. Não tem
compressibilidade. A cartilagem, por outro lado, é semifluídica, 80% água, algo
como uma geléia que é muito esponjosa.
A cartilagem executa duas funções
vitais. Primeiro, ela absorve o choque da compressão, quando qualquer espécie
de peso é colocado sobre a junta. As juntas do joelho, cintura e tornozelo
passam por tal compressão, quando você anda ou corre, mas também quando você
simplesmente fica de pé. Segundo, a cartilagem secreta um lubrificante sempre
que é espremida por alguma força compressora. É esse óleo que lubrifica a junta
e permite que as duas partes movam juntas sem causar dano, desgaste ou dor.
Esse líquido é contido em uma cápsula, algo como um recipiente de borracha, que
envolve a junta.
Quando a compressão para, a
cartilagem expande e suga o fluido de volta, como uma esponja comprimida em
água retorna ao seu formato normal. Essa ação de compressão e relaxamento é o
que mantém a cartilagem saudável.
É a cartilagem e o lubrificante
secretado por ela que faz com que as juntas funcionem rapidamente e sem dor.
Sem eles dois, teríamos um osso raspando com o outro, uma circunstância
dolorosa inimaginável.
Ao envelhecermos, contudo, a
cartilagem começa a se desgastar de várias maneiras. Primeiro, ela desidrata,
como o resto do tecido. Segundo, ele desenvolve fraturas microscópicas –
pequenas fendas não maiores que um fio de cabelo – muito devido à sustentação
de peso. Esses rachadinhos tendem a enfraquecer a cartilagem e produzem outras
rachaduras. Assim, a cartilagem vai secando e encolhendo com os anos e o
contato entre os dois ossos começa a ficar áspero, em vez de suave como era
antes. O processo é inevitável e irreversível; o truque é confinar isso a um
mínimo e retardar seu índice.
A chave para esse resultado é
quanto peso nós sustentamos e a maneira na qual o suportamos.
A sustentação de peso é inevitável.
Não precisa ser nocivo. Pode ser desejável. Somente quando é excessivo é que se
torna um problema.
Alguns anos atrás, eu tratei um
homem em seus quarenta anos, que tinha um físico esplêndido, consequência de
anos de levantamento diário de peso, usando pesoas em algumas vezes acima de
130 quilos. Ele não veio até mim porque estava tendo dores; ele estava
preocupado porque, com os anos, ele tinha se tornado cada vez mais rijo. Depois
de examiná-lo, descobri que a impressão dele estava correta; a sua coluna
estava quase tão flexível como uma vara de bambu.
A coluna consiste de
aproximadamente 30 vértebras, as quais são separadas por discos. Esses discos
atuam como uma almofada protetora , assim como faz a cartilagem, e são na
verdade uma forma de cartilagem. Ao se sujeitar constantemente os discos da
coluna a pressões incomuns, este homem acabou tendo que o líquido dessa
almofada fosse extraído deles, até que estavam a cerca de 20% do tamanho
normal.
Descrição da imagem: a cartilagem
cobre as extremidades de todos os ossos, que formam as articulações (juntas). É
feita de material esponjoso, atuando como uma esponja, absorvendo o choque e
secretando um fluido que lubrifica as juntas. Ao passo que a pressão do peso
espreme a cartilagem, o fluido sai e entra na junta.Quando a pressão do peso é
aliviada, a cartilagem chupa o fluido de volta.
Quando você é jovem, você pode
levantar pesos grandes e provavelmente vai conseguir, porque, nessa idade, todos
os blocos de construção do seu corpo ainda estão intactos, em particular o
bilhão de fibras com as quais nascemos. Aos trinta e cinco anos, contudo, você
perdeu milhões dessas fibras através do atrito, e vai continuar a perder
milhões destas fibras ao continuar a envelhecer. É como se o suportes da estrutura
da sua casa diminuíssem de largura com os
anos; a casa não é mais tão sólida como já foi. A cartilagem é especialmente
vulnerável após os trinta e cinco anos, como atesta meu paciente já descrito;
sustentação de peso indevida vai espremer o fluido para fora dela, tão
certamente como se você estivesse espremendo a esponja para sair a água.
O que se qualifica como “indevida”?
Para um homem de altura média, trinta e cinco ou mais velho, seria qualquer
peso maior que 56 kg. Homens e mulheres maiores poderiam levantar pesos
maiores. A melhor medida é subjetiva: Se
doer, é pesado demais.
Essa regra se aplica, independente
de idade, porque levantar quantidades de peso excessivas em qualquer idade é
ruim para você. Será pago um preço alto
pelo benefício desejado. A maioria das
pessoas que se exercita com pesos o faz por razões estéticas: elas estão apenas
preocupadas em se tornarem fortes. Há uma correlação entre força e tamanho dos
músculos, mas até mesmo os fisicultores excedem, levando o corpo a enormes
proporções que possuem mais força do que eles podem usar.
Não há dúvida de que os jovens
estão abusando demais hoje com atividades extremamente fortes que vão criar potenciais
problemas físicos futuros. Muitos terão que cortar as suas atividades pelo resto da vida.
domingo, 24 de janeiro de 2016
The Rejuvenation Strategy - por René Cailliet
Parte 1
Parte 1
O problema de
fazer exercícios vigorosos
Não há muito
tempo, passei uma tarde em uma academia na zona oeste de Los Angeles.
Embora, fosse durante horário de trabalho, o local estava cheio de
homens e mulheres, na maioria em seus 20 , 30 anos. Todos os
equipamentos estavam um uso constante. O que eu vi, me assustou.
Nenhuma delas estava se exercitando de uma maneira que não colocasse
algum perigo no seu corpo. Ao passo que se esforçavam para pegar
pesos, eles quase que invariavelmente arqueavam as costas, um erro
absoluto, que vamos explorar mais para a frente. Muitas vezes as
pessoas arremessavam os pesos, um movimento que pode danificar os
discos da coluna, assim como os músculos e ligamentos. E todos eles,
sem exceção, apareciam aceitar sem questão a ideia central do
sagrado mandamento do movimento fitness – se não está
doendo, não está fazendo efeito.
O aliado dessa noção
é o mito de que a repetição de qualquer exercício, aquele que
você esforça o seu abdômen para executar, é aquele que te faz
mais bem. Esse mito, como tantos outros associados à escola do
fitness tortura, é um monte de bobagens. A verdade é que a primeira
repetição de qualquer exercício é, pelo menos, tão benéfico
como o último, e bem menos perigoso. Na 1ª repetição, os seus
músculos estão descansados; na última, eles estão fatigados. O
alimento armazenado vai gastando e os músculos ficam com acúmulos
de ácido lático, a lixo resultante das contrações anteriores.
Adicione a isso a maneira em que os fisicultores (bodybuilders) se esforçam
para fazer essa última repetição, e aí temos uma condição
clássica de sério dano no tecido corporal.
No chão dessa
academia, havia vários homens e mulheres fazendo uma série de
alongamentos supostamente benéficos, meia dúzia dos quais estava
fazendo mais mal do que bem. A poucos passos dali, havia um quadro
demonstrando como fazer os movimentos.
Cada manhã no meu
caminho para o trabalho eu passo pela praia em Santa Monica
(Califórnia), onde muitas pessoas correm (o popular jogging).
Do ponto de vista
ortopédico, a maioria, dos que eu observei, não poderia fazer o
jogging de maneira nenhuma. Para eles, danos sérios, talvez
permanente, seriam inescapáveis.
De acordo com a
minha experiência, 60 a 75% dos corredores vão acabar com problemas
nas costas, cintura, pés e tornozelo, ou uma combinação de dois ou
mais problemas. Um caso, que eu me lembro, foi de um corredor muito
bem condicionado em seus cinquenta anos, que era também um
excepcional atleta, um daqueles que fazem qualquer esporte com
destreza. Sua grande paixão era esquiar, ao ponto que ele havia
programado uma redução gradual na sua carga de exercícios a cada
ano, para que ele pudesse esquiar na Europa, América do Norte e até
mesmo na América do Sul. Quando ele estava financeiramente tranquilo
para realizar esse sonho, ele desenvolveu uma condição tão severa
e dolorosa no joelho – muito provavelmente pela corrida – ao
ponto em que ele não poderia mais esquiar. Infelizmente, até mesmo
os mais avançados procedimentos cirúrgicos, os não conseguiram
restaurar o seu joelho para uma condição próxima do que era antes
que a corrida o tenha arruinado.
O segundo caso
envolvia uma linda mulher, que se aproximava dos cinquenta anos,
magra, de bom corpo, ativa e dinâmica. Quando ela veio até mim
devido a um problema de joelho, pedi a ela que parasse de correr e
dei a ela uma série de exercícios. Mas o dano já estava muito
extenso; seu joelho não respondia. Em visitas subsequentes, ela me
disse que não conseguia mais dançar e subia e descia escadas com
dificuldade.
Se estas duas
pessoas não tivessem se exercitado tão vigorosamente no passado,
eles poderiam ter evitado o problema que possuem hoje. Ambos são
extremamente inteligentes; se eles tivesse recebido o menor aviso,
eles poderiam ter ido mais leve para evitar um problema permanente.
Mas em ambos os casos, o dano é insidioso, oculto. Por um longo
tempo, você não sente nada, nenhuma dor, desconforto. Mas,
gradualmente, as partes do corpo começam a se desgastar até que, de
repente, o movimento fica difícil e doloroso e aí já é tarde
demais para recuperar.
Um dos maiores
problemas com o exercício vigoroso é precisamente esse: você não
está ciente do dano que está criando até que o tenha criado. Ao
contrário, todos os sinais dizem a você que está fazendo um grande
favor a seu corpo. Quando está correndo, por exemplo, você se sente
muito bem. Você se sente animado, sensação que diminui as próprias
sensações feitas para acionar o alarme. Essa sensação de animação
é uma resposta endócrina ao exercício, na qual as glândulas
adrenais aumentam e secretam a substância igual à morfina. Em casos
extremos, alguns corredores inveterados ficam literalmente viciados;
eles se punem e abusam dos seus corpos para se livrarem do vício e
obtêm o efeito que eles não podem conseguir de outra maneira legal.
A série de exercícios é seguida por um tremendo senso de bem-estar
e um aumento de energia. Sua aparência é melhor também, porque as
pessoas que exercitam, brilham.
Não há dúvidas de
que a corrida é benéfica para o sistema cardiovascular. Mas esse
benefício tem de ser ponderado contra a profunda deterioração
muscular e óssea que frequentemente ocasiona.
Há pessoas com
muita sorte que são capazes de correr sem danificar o corpo. Mas
essas pessoas são a minoria. A maioria de nós não vai conseguir.
Você pode ter mais
de 35 anos e aparentemente não ter problemas, mas muitas vezes nem
os raios X conseguem identificar deterioração na parte inferior das
costas ( a famosa dor lombar inferior), nas articulações da
cintura, joelhos e tornozelos.
Eu destaquei a
corrida, por ser um dos mais populares exercícios. Mas os problemas
que vamos discutir se aplicam a qualquer forma de exercício que faz
um stress não natural nas juntas e tecido.
Há muitos
problemas, mas basicamente eles se resumem a apenas dois.
MAIS NA PRÓXIMA
SEMANA.
Depois de muito tempo, vamos voltar a postar.
Há um livro muito interessante, The Rejuvenation Strategy, de René Cailliet, uma dos maiores autoridades no que se refere à dor e reabilitação na coluna vertebral.
Existem muitos livros em português dele no Brasil, mas este jamais apareceu por aqui e é um grande alerta para os praticantes de exercícios físicos e que acabam minimizando os efeitos na coluna e articulações.
Vou colocar a tradução em pedaços no blog a partir desta semana.
Enquanto não aparecer algum aviso de copyright.
domingo, 12 de maio de 2013
Cientistas anunciam cura para cabelos brancos e vitiligo
Cientistas anunciam cura para cabelos brancos e vitiligo: Cientistas europeus afirmam ter encontrado uma forma de reverter o aparecimento dos cabelos brancos e até mesmo a perda de cabelo.
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