Os ataque cardíacos eram raros até a década de 30. A incidência de infartos do miocárdio fatais cresceu rapidamente, de 3.000 por ano nessa década para quase 500.000 na década de 50.
Tornou-se claro que estava-se diante de uma epidemia desta doença. Por volta do final da década de 1940, a classe médica propôs uma explicação para o IM (infarto do miocárdio), e essa explicação tornou-se universalmente aceita.
O atual pensamento sobre ataques cardíacos está centrado no suprimento de sangue à células do miocárdio, através da rede de artérias coronárias, ou seja, das artérias que suprem o próprio coração com sangue. Os médicos dizem que , quando uma dessas artérias fica obstruída por placas ( a conhecida ateroesclerose), o interior da artéria se estreita, compromete-se o fluxo do sangue e, em situações de stress do miocárdio (como exercícios físicos ou traumas emocionais), esse fluxo insuficiente de sangue causa danos àquela região do coração alimentada pela artéria obstruída. Este fluxo diminuído de sangue causa primeiramente uma dor (angina) , e depois, se for grave, causa a morte do tecido cardíaco.
Até aqui, parece uma explicação plausível e lógica. Mas, ficou faltando descobrir o que causava a obstrução arterial. Em um estudo de 1950, apontou-se que o colesterol era o culpado, alegando-se que o excesso de colesterol no sangue formava as placas nas artérias.
Por mais de 50 anos, esta teoria tem sobrevivido sem alteração significativa e está arraigada na mente da maioria de nós. Deve ser mencionado que essa teoria deu origem a uma colossal indústria dedicada ao seu diagnóstico e tratamento (exames de colesterol, pontes de safena, medicamentos, dietas, etc.), sem contar na indústria alimentícias, com criação de alimentos com baixo nível de colesterol e o expurgos de alimentos nutritivos como o leite integral e a manteiga.
Para orgulho de nós, brasileiros, um médico brasileiro chamou a atenção do autor deste artigo. O médico era o Dr. Quintiliano H. de Mesquita (já falecido).
Este médico pesquisou muitos anos sobre este assunto, que ele denominou como "a verdadeira causa e tratamento eficaz de infartos do miocárdio". Esta teoria dele se chama Teoria Miogência dos Infartos, que , em resumo, seria o abaixo descrito:
1. A teoria da obstrução coronária não explica adequadamente todos os fatos observados em relação aos infartos.
2. O principal fator em um infarto é um processo químico destrutivo. Em situações de stress no miocárdio (músculo do coração), o tecido deste músculo recebe oxigênio e nutrientes insuficientes. Isto gera uma acidose lática destrutiva no tecido e que , se não tratada, com o tempo leva à morte das células do miocárdio.
3. O uso regular de cardiotônicos, como o extrato da planta digitalis ou da g-estrofantina, evita essa acidose letal, e assim previne e corrige a real causa deste problema.
Vamos agora tentar respaldar estas conclusões com dados científicos e estatísticos.
Em um artigo de 1998 por Mirakami (do American Journal of Cardiology), o autor constatou que, dentre os que tiveram infartos agudos, 49% tiveram obstrução, 30% não tiveram obstrução coronária, 14% tiveram obstrução insuficiente para prejudicar o fluxo sanguíneo e 7% tiveram outra condição clínica. E em um estudo de 25 anos de autópsias de pacientes, que morreram de infartos agudos, realizado por Spain e Braddess (American Journal of Medical Science, 1960), descobriu-se que somente 25% tiveram obstrução suficiente para justificar seus infartos, enquanto que um total de 75% tiveram apenas obstrução de leve a moderada.
Num segundo artigo, na revista Circulation, estes mesmos autores relataram um a descoberta surpreendente: quanto um ataque cardíaco é fatal, quanto maior for o tempo decorrido entre o infarto e a morte ( e a subsequente autópsia), maiores eram as possbilidades de que eles encontrassem obstruções significativas. Se o óbito ocorria uma hora após começar o ataque, apenas 16% tinham suficiente obstrução para explicar seus infartos. Se a morte ocorria 24 horas após o começo do ataque, o número com suficiente obstrução para justificar o infarto, subia para 53%. Os autores concluiram que as obstruções arteriais são uma consequência, e não uma causa dos infartos do miocárdio.
E o Dr. Epstein, do National Institute of Health, em 1988, declarou que em um estágio avançado de estreitamento das artérias coronárias, o suprimento de sangue aos músculos do coração fica totalmente assegurado por vias colaterais, que aumentam de tamanho naturalmente em resposta à obstrução.
Mas se os ataques cardíacos não resultam de doenças nas artérias coronárias, então o que causa tantos infartos? A teoria miogênica do Dr. Mesquita postula que, devido a doenças nos pequenos vasos (capilares e arteríolas), devido a fatores como stress, diabete, fumo e deficiências nutricionais, as células do coração, que são muito ativas metabolicamente, sofrem de suprimento inadequado de oxigênio e nutrientes. Essa deficiência de oxigênio e nutrientes aumenta nas situações de stress. Quando isso acontece, as células do coração revertem para seu sistema alternativo, que é a fermentação anaeróbica para a geração de energia - muito similar ao que acontece no músculo da perna, quando corremos muito. A fermentação anaeróbica produz acido lático, que se acumula nos tecidos. Como o coração, ao contrário do músculo da perna, não pode descansar, a acidose avança (se não tratada), causando até mesmo a morte das células do miocárdio. Como consequência deste processo, os fragmentos inflamatório desta necrose se acumulam nos tecidos, e são estes fragmentos a verdadeira causa da obstrução coronária, encontrada nas mortes por infarto agudo do miocárdio.
A atual prática de se limpar as obstruções arteriais pode ajudar a remover os fragmentos e restaurar o fluxo de sangue no sistema arterial comprometido, porém isso, de forma alguma, sugere que as artérias obstruídas representem o evento primário na sequência que leva ao infarto. Desse modo, toda a ênfase dada hoje em dia para o tratamento cirúrgico (pontes de safena, stents, etc.) ou médico (com drogas para baixar colesterol, restrições na dieta alimentar, etc.) é um beco sem saída e condenada ao fracasso.
A teoria do Dr. Quintiliano nos direciona para um tipo bem diferente de tratamento preventivo das doenças cardíacas. Um tratamento voltado na prevenção da acidose nos tecidos do coração. A teoria explica que a diabete, o stress e o fumo são fatores de risco importantes nos infartos, pois afetam os capilares e os pequenos vasos sanguíneos, e não as grandes artérias coronárias. Existem diversos compostos simples, baratos e muito eficazes para a prevenção da acidose lática do tecido cardíaco. Estes medicamentos são chamados de cardiotônicos e os mais conhecidos são a digitalis ( a popular dedaleira, ) e o estrofanto, uma trepadeira africana. Estes compostos regulam o ritmo e a força da contração cardíaca e previnem ou revertem o acúmulo de ácido lático no tecido cardíaco. Estas plantas têm sido usadas há séculos para tratar a infuciência cardíaca congestiva, distúrbios rítmicos e outros transtornos da funcão cardíaca.
O interessante e surpreendente é que estes compostos são cópias químicas exatas dos hormônios produzidos pelas glândulas suprarenais. E estas glândulas fabricam esses cardiotônicos a partir do ... COLESTEROL!!!!
Puxa vida! Isto quer dizer que não temos que aceitar que os médicos e as grandes famacêuticas nos receitem medicamentos e dietas para baixar o colesterol. Humm, manteiga, bacon! Não é baixar o colesterol que iremos baixar o índice de infartos! Quando baixamos o nosso colesterol, estamos sonegando ao nosso organismo justamente a substância que ele precisa para produzir os cardiotônicos.
No tratamento medicamentoso por estrofantina, o cardiologista alemão Berthold Kern, em um estudo para o governo alemão, demonstrou que houve uma drástica redução dos infartos na sua clínica, caindo dos esperados 400 para apenas 20, com o uso deste composto. Além disso, muitos relatos de médicos na Alemanha, relatam uma redução de até 81% nos ataques de angina, com o uso oral da estrofantina.
Na Medicina Tradicional Chinesa, diz-se que os rins nutrem o coração. Agora você vai entender o porquê. Os rins (a forma com que os médicos chineses se referem à glândulas suprarenais) ajudam o organismo a lidar com o stress e a fabricar os hormônios (digoxina e ouabaína, que o estrofanto e a dedaleira possuem) que mantêm saudáveis o nosso maravilhoso coração, forte e pronto para desfrutar toda a plenitude da vida.
Dicas para evitar este problema:
- Evitar stress, consumo de óleos vegetais processados (como o que usamos normalmente em nossa cozinha, tais como óleo de soja, canola e milho. Evite ou use muito pouco destes óleos vegetais líquidos, que estão repletos de radicais livres e podem danificar os capilares.
- Dê preferência para banha de porco (como nossos avós usavam) e o óleo de côco. Como este último é muito difícil de se encontrar, vamos voltar a usar a banha de porco ou a gordura da carne de boi. Não tente baixar o colesterol - os carditônicos são feitos a partir dele.
- Tome óleo de fígado de bacalhau para obter vitamina A. O corpo humano precisa da vitamina A para fabricar todos os hormônios do córtex adrenal, a partir do colesterol. O consumo de vitamina A deve ser equilibrado com a vitamina D ( do óleo de fígado de bacalhau) e vitamina K2 (das gorduras de animais alimentados em pastagens, não confinados).
- Não consuma gordura trans. As gordura trans (dos óleos parcialmente hidrogenados) interferem no sistema de enzimas necessárias para a produção dos hormônios pelo córtex cerebral.
- Cuidado no controle do açúcar no sangue. Quando o açúcar no sangue cai a níveis muito baixos, as suprarenais precisam trabalhar dobrado para fabricar os hormônios, que vão retornar o açúcar no sangue ao seu nível normal. Isto quer dizer que se deve evitar açúcar na dieta em demasia e não pular refeições. Simplesmente não existe substituto para as 3 boas refeições diárias, a intervalos regulares, com quantidade adequada de proteínas e ricas em boa gordura.
- Sua melhor defesa contra a diabete é uma dieta alimentar rica em gorduras e com poucos carboidratos.
- Não fume. O fumo é um fator de risco na deterioração dos capilares.
- Faça exercícios moderados ao ar livre.
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